Se você notou incômodos na região íntima nos últimos dias, veja os principais quadros clínicos associados à dor no pênis
Problemas de saúde diferentes podem apresentar sintomas parecidos, o que exige que os profissionais de saúde tenham um ótimo conhecimento técnico e saibam exatamente quais exames solicitar para confirmar qual é o diagnóstico.
Um exemplo disso é a dor no pênis. Apesar de muito comum e recorrente, esse tema ainda é pouco discutido entre os homens. Além de vestir cuecas transpiráveis em seu cotidiano, eles precisam manter os exames médicos em dia e seguir as recomendações médicas. Confira a seguir quais diagnósticos a dor no pênis pode sugerir.
Balanite
A balanite é a inflamação que afeta a glande, popularmente conhecida como “cabeça do pênis”. Esse quadro clínico pode ou não estar associado a uma infecção (causada por fungo ou bactéria) e tem outros sintomas associados, como coceira, inchaço na região e vermelhidão.
Outra causa comum da balanite é o desenvolvimento de algum tipo de alergia. Embora esse quadro possa ocorrer em homens de todas as idades (incluindo na infância), a balanite é mais comum em quem não fez circuncisão. Isso ocorre porque, sem essa cirurgia, o pênis fica mais suscetível a acumular secreções, favorecendo a reprodução de microorganismos debaixo do prepúcio.
Alergia
Essa é outra causa comum de dor no pênis. Muitos homens possuem maior sensibilidade a determinados produtos de higiene íntima e/ou tecidos. É importante usar cuecas feitas totalmente de algodão ou outros tecidos de fibra natural e evitar fibras sintéticas como poliéster.
Além de dor no pênis, alguns sinais clássicos de alergias na região íntima são coceira, desconforto e até vermelhidão. Outro cuidado importante, muitas vezes associado ao cuidado com a roupa íntima, é a aplicação de alguns cremes receitados por médicos para aliviar o incômodo provocado pelos sintomas.
Priapismo
Esse quase se caracteriza como sendo uma ereção dolorosa e persistente. Trata-se de uma situação de emergência que deve receber atendimento médico hospitalar obrigatoriamente.
O priapismo pode ser provocado por fatores como leucemia, anemia falciforme, problemas no sangue e a ingestão de determinados medicamentos. Outros exemplos são pancadas na região íntima, estimulantes sexuais e uso de drogas. Quando a ereção permanece além de 4 horas, isso pode provocar lesões devido à circulação de sangue excessiva.
Os tratamentos mais comuns para o priapismo são: remoção de sangue com agulha (o que exige a aplicação de anestesia local), aplicação de compressas geladas no local, para aliviar o inchaço do órgão, e injeção com medicamentos alfa-agonistas, que deixam as veias mais estreitas. Na prática, isso reduz a quantidade de sangue enviada para o pênis. Quando esses tratamentos não surtem efeito, os médicos podem recorrer a uma cirurgia para obstruir a artéria que conduz sangue até o pênis.
Prostatite
Outro quadro comumente associado à dor no pênis é a prostatite (ou inflamação da próstata). Essa inflamação atinge a glândula que é responsável pela produção do líquido seminal (que contém os espermatozóides).
Além de provocar dor no pênis, a prostatite provoca queimação ao urinar, calafrios e febre. A urina fica turva e pode apresentar sangue. Esse quadro tem como principal causa a infecção por bactérias.
O tratamento adequado depende do tipo de prostatite diagnosticada, mas é comum que médicos receitem analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos para aliviar sintomas, além de bloqueadores alfa para relaxar o colo da bexiga.
No entanto, o mais recomendado é não iniciar a ingestão de medicamentos sem recomendação médica. O ideal é que, após 3 dias de sintomas, o paciente procure um urologista (ou pediatra, se for criança), faça os exames indicados e siga os tratamentos recomendados com disciplina. Sintomas não tratados podem se tornar crônicos e provocar problemas mais graves.